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Quem sou eu?

Atualizado: 6 de nov. de 2023

Hoje alguém me disse que eu penso sempre que os outros são muito maus para mim, em contrapartida, eu passo a vida a julgar e a culpabilizar os outros.

Não é que está mesmo certa?

Sou uma pessoa que julgo os outros, segundo a minha perspetiva, que está longe de estar certa. Pensei que o fazia só de vez em quando, mas na realidade faço-o constantemente.

As críticas que faço são muito acutilantes. Isso eu sei, e pensei que também era de vez em quando, contudo faço-o constantemente.

Sinto que desprezo algumas pessoas, sem razão aparente.

A questão de estar sozinha também foi falada. Tenho expectativas demasiado altas, que creio ter a ver, com os meus ideais irrealistas, e a frustração de um casamento falhado, que, disse ela, me tornou uma pessoa ressabiada e agarrada a um passado que já não interessa.

Também tem razão nisso. Há momentos em que sinto ódio, raiva daquele sujeito. Contudo, racionalmente, sei que é desproporcionado.

Finalmente os meus filhos, os 2 mais velhos, com problemas de ordem emocional, cada um de forma diferente, pela forma como me posicionei em relação ao divórcio, e também por esta forma de ser e de alguma forma com uma herança emocional...

Alguém há muito tempo disse-me “A Mariana é muito inconveniente” e por ter sido uma pessoa cujas opiniões me eram indiferentes, não liguei, mas até ela tinha razão. Ainda o sou hoje. Creio, que trabalhei um pouquito essa parte, mas ainda assim, cometo por vezes, esse erro.

Ainda neste final de vida tenho tanto que aprender, acima de tudo em relação a mim, pessoa pela qual nunca me debrucei verdadeiramente. Apesar de andar em psicólogos e psiquiatras há muitos anos, não me ajudaram nesse ser que faz de mim quem sou e que ao mesmo tempo desconheço. Ir ao fundo de mim e olhar e ver quem na realidade sou, não!

Vejo agora que não sou uma pessoa bonita, nem por fora nem por dentro.

Mudar isto tudo, não vai ser fácil e provavelmente não vou ter tempo. Vou contudo tentar.

Vou começar pelos meus pensamentos e pelas minhas críticas e considerações mudas. Penso que quando pensamos, é porque está efetivamente dentro de nós, e não vale a pena parecermos uma pessoa que, no íntimo, não somos.


Mas afinal, quem me julguei ser, durante tanto tempo?



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