Amor

Há “coisas” que me vêm à memória que parecem de há milhares de anos, outras, que parecem de ontem.

Uma das memórias que me leva para o início da minha vida é o pão com manteiga.

Adoro o sabor, o cheiro…

É incrível este caminho que percorremos plantado de memórias boas e más e que nos vão moldando à medida que lidamos com elas. E a vida, é isso mesmo, cheia de coisas boas e más e nenhumas, duram mais que o que devem.

Quando penso na minha vida e no caminho até aqui percorrido, sei e vejo e arrependo-me, de todas as asneiras que cometi, não me arrependo por mim, mas por aqueles que foram apanhados no meio e com isso sofreram. Mas a vida tem um jeito estranho de equilibrar a “balança”.

Depois de um período longo de uma sucessão de acontecimentos que me mantiveram, de alguma forma, num manto de opacidade e tristeza, de culpa e sofrimento, penso que neste momento presente, da minha vida, o sol brilha e aquece-me constantemente.

Os meus filhos e a minha neta!

São a luz e a claridade. São a esperança de que afinal não foi tudo mau e que o futuro poderá não ser tão sombrio… para eles claro.

Vê-los juntos e felizes aquece-me o coração.

Que mais resta para além do amor?

Tudo parte da existência do amor: liberdade, respeito, solidariedade, amizade, afetos, coragem e tantos outros sentimentos que vêm com o amor.

A falta dele: ódio, insegurança, medo, desrespeito, intolerância, violência… e tantos outros...

Assim, é como Salman Rushdie diz "O amor é o único assunto. Na vida humana tudo é acerca do amor ou da sua ausência”

O que desejo, para todos, neste Natal, é que o próximo ano esteja cheio de SOL e AMOR!