
Tenho a cabeça a fervilhar. Não consigo parar de pensar e analisar, bem como, não consigo deixar de ter pena de mim própria, aliás, sentimento que tenho a certeza ter herdado de ti.
Gostava de nesta altura de vida ter uma relação melhor contigo, poder ajudar-te e, ao mesmo tempo, poder contar contigo, com os teus conselhos de pessoa vivida e mãe. Infelizmente ou não (já não sei), as coisas nunca são aquilo que desejamos à partida. Deus lá terá as suas razões, porque acredito, que fosse como fosse nunca estaria bem… sou descontente, inconformada, frustrada e incompleta por natureza.
Bom, chega de falar de mim.
Como te disse, gostava de estar presente na tua vida de uma forma mais positiva e melhor, que revelasse a suposta evolução que a idade e a vida nos imprime. Não consegui. Peço por isso desculpa. Peço desculpa por todas as barbaridades que te digo, pela minha falta de paciência e, até a minha falta de “amor”.
Sei que não vou melhorar. Sei porque o tenho tentado (penso eu) a minha vida toda ser uma pessoa melhor (pelo menos no meu conceito de melhor e em relação a mim própria) … se calhar faria muito melhor aceitar-me fraca, frágil e incompleta, com os meus erros e as minhas microscópicas virtudes... Enfim parece que é algo que não consigo.
Peço desculpa por não ser a filha que gostarias que eu fosse e, me mantivesse.
No entanto e apesar de todas as “desvirtudes” amo-te!
A tua filha Mariana!
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